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Delvânia Campelo salva três vidas com doação de órgãos após feminicídio brutal em Caseara

Por admin

A assistente social Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, teve sua vida brutalmente interrompida após ser vítima de espancamento em Caseara (TO). Mesmo diante da tragédia, seu legado de amor ao próximo continua: três vidas foram salvas com a doação de seus órgãos.

Delvânia foi internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas (HGP), onde permaneceu por 21 dias até a confirmação da morte encefálica, no dia 11 de abril. Sua família autorizou a doação dos rins e fígado, que foram destinados a pacientes do Sistema Nacional de Transplantes.

A captação dos órgãos foi realizada no último domingo (13), com o apoio da Central Estadual de Transplantes do Tocantins, da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), da Organização de Procura de Órgãos (OPO) e de uma equipe médica vinda de Brasília.

Crime chocou o estado

Delvânia foi agredida pelo então namorado, Gilman Rodrigues da Silva, ex-vice-prefeito de Caseara. A violência ocorreu em uma chácara na zona rural do município. Ela sofreu diversas fraturas na cabeça e, mesmo com todos os esforços médicos, não resistiu. Gilman está preso preventivamente e foi indiciado por feminicídio pela 54ª Delegacia de Caseara.

Homenagens e comoção

A família destacou que a doação de órgãos reflete quem Delvânia sempre foi: uma mulher solidária, envolvida em causas sociais e com profunda empatia pelo próximo.

“Mesmo com a partida dela, Delvânia vai continuar fazendo o bem. Esse sempre foi o jeito dela”, disse uma parente emocionada nas redes sociais.

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, lamentou a morte em nota oficial e reforçou a necessidade de combater a violência contra a mulher com ainda mais firmeza:

“Delvânia parte precocemente aos 50 anos, deixando não apenas as lembranças da mulher forte que era, mas também a urgente necessidade de agirmos com mais firmeza pela segurança das mulheres tocantinenses.”

A Secretaria Estadual da Mulher também se pronunciou:

“Delvânia não é estatística. É grito sufocado, é urgência, é memória viva da brutalidade que precisa parar.”

A história de Delvânia Campelo é, ao mesmo tempo, um grito de alerta contra a violência doméstica e um exemplo de generosidade que inspira. Mesmo após sua partida, ela deixa esperança para outras famílias e reforça o poder da doação de órgãos como gesto de amor e vida.

Redação

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