Um caso surpreendente de fraude emocional está sendo investigado pela Polícia Civil do Tocantins. Em Palmas, uma mulher é acusada de inventar uma gravidez com o objetivo de obter dinheiro de um homem que acreditava ser o pai da criança. Segundo a polícia, durante os meses em que manteve a farsa, ela recebeu quantias financeiras sob o pretexto de custear despesas da gestação.
O golpe foi ainda mais cruel: para evitar que a verdade fosse descoberta por meio de um exame de DNA, a mulher publicou nas redes sociais a falsa notícia de que o suposto bebê havia morrido. A estratégia visava encerrar qualquer possibilidade de questionamento sobre a existência da criança.
A farsa começou a ruir quando o homem desconfiou da história e procurou a polícia. A partir de então, foi registrado boletim de ocorrência e as investigações apontaram para a prática de estelionato — crime que consiste em obter vantagem ilícita enganando outra pessoa.
Esse episódio acende um alerta para a gravidade dos golpes que envolvem sentimentos e vínculos afetivos. O uso da maternidade como ferramenta de manipulação escancara não apenas um crime financeiro, mas uma agressão psicológica profunda. Situações como essa deixam cicatrizes não apenas no bolso, mas também na confiança das vítimas.
A Polícia Civil orienta que qualquer situação semelhante seja denunciada e investigada com seriedade. O caso segue em apuração, e a mulher poderá responder judicialmente pelas falsas alegações e pelos prejuízos causados.
Em tempos de relações fragilizadas pela distância e pela virtualidade, o cuidado com a verdade e a responsabilidade afetiva são mais necessários do que nunca.
Redação