Um levantamento alarmante divulgado pelo Detran/TO e pela Secretaria de Estado da Saúde revelou que mais de 600 pessoas perderam a vida no trânsito do Tocantins em 2024. Os dados escancaram uma crise de segurança viária que se agrava ano após ano e que exige medidas imediatas e estruturais.
Entre janeiro e agosto de 2024, foram 393 mortes em sinistros de trânsito, número que saltou para mais de 600 até o fim do ano, segundo o relatório. Somam-se a isso mais de 4 mil acidentes registrados até setembro, muitos deles com vítimas gravemente feridas ou sequeladas para o resto da vida.
As causas, infelizmente, são velhas conhecidas: excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, uso do celular ao volante, consumo de álcool e drogas, além de uma infraestrutura precária, com sinalização deficiente, ausência de redutores de velocidade e falta de fiscalização efetiva.
A consequência disso não é apenas numérica. Cada morte no trânsito é uma família destruída, uma mãe que chora, um filho que não volta pra casa. São impactos emocionais e econômicos profundos, que também sobrecarregam o sistema de saúde e os cofres públicos.
Apesar de ações pontuais como campanhas do “Maio Amarelo” e algumas operações educativas promovidas pelo Detran/TO, o Tocantins ainda carece de um plano integrado de segurança viária — que una educação permanente, infraestrutura de qualidade, fiscalização implacável e punições rigorosas.
O Conexão em Debate reforça que a luta por um trânsito mais seguro é coletiva. Não basta esperar pela ação do governo: cada cidadão tem o dever de agir com responsabilidade, respeito e consciência ao assumir o volante.
Enquanto os números crescem, a pergunta que fica é: quantas vidas mais o Tocantins vai perder antes de tratar o trânsito como prioridade de Estado?
Redação