Palmas – TO | O que começou como uma noite de diversão terminou em tragédia na região norte de Palmas. A Polícia Civil do Tocantins prendeu nesta sexta-feira (11), uma mulher suspeita de envolvimento no assassinato de Ilmar Pereira Leite, ocorrido em dezembro de 2024, após uma série de desentendimentos em uma casa de shows na quadra 602 Norte.
A prisão aconteceu no âmbito da Operação Serpens, conduzida pela 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vem investigando o caso com base em depoimentos, imagens de segurança e relatos de testemunhas.
O Início do Conflito
Segundo informações da polícia, tudo começou quando Ilmar, sua companheira e o filho dela encontraram um casal no local do evento. A mulher presa e a companheira de Ilmar já haviam sido amigas, mas estavam afastadas devido a um desentendimento anterior. No reencontro, a suspeita teria agredido fisicamente a ex-amiga, gerando uma briga que foi contida por seguranças.
Ambos os casais deixaram o local — mas o clima de tensão não ficou para trás.
A Emboscada
Momentos depois, Ilmar e a companheira retornaram ao local, acompanhados do filho dela. O rapaz, temendo pela segurança da família, decidiu segui-los. Chegando à casa de shows, presenciou os seguranças tentando proteger sua mãe e padrasto, já que o casal agressor havia voltado armado.
Na tentativa de evitar nova confusão, decidiram deixar o local novamente. Mas o pior ainda estava por vir.
O Assassinato
Enquanto aguardavam o filho em frente a um bar, Ilmar e sua companheira estacionaram o carro — sem saber que o casal suspeito também havia parado no mesmo local. Segundo a investigação, o homem se aproximou e disparou seis vezes contra Ilmar, que ainda estava com o cinto de segurança, sem chance de defesa.
Testemunhas e imagens de câmeras de segurança confirmam que a mulher presa presenciou e incentivou o crime.
Investigação e Prisão
Os dois suspeitos chegaram a se apresentar espontaneamente à polícia dias depois. A mulher alegou legítima defesa, afirmando ter sido ameaçada com uma foice pelo enteado da vítima, mas a versão foi rapidamente descartada pelas imagens obtidas pela DHPP.
Com as evidências reunidas, a polícia solicitou a prisão preventiva do casal. Nesta sexta, a mulher foi detida e encaminhada à Unidade Penal Feminina de Palmas. O inquérito está em fase final e será encaminhado à Justiça nos próximos dias.
Conexão em Debate opina:
Casos como esse evidenciam o quanto a violência interpessoal, movida por mágoas e descontrole emocional, pode devastar vidas e famílias. Que a Justiça cumpra seu papel e que episódios assim sirvam de alerta sobre os perigos do ódio alimentado em silêncio. É tempo de cobrar mais segurança, prevenção e punição severa para quem transforma a cidade em cenário de barbárie.
Redação