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O Grande Dilema de Wanderlei Barbosa: Ficar no Governo ou Alçar Voo ao Senado em 2026?

Por admin

O tabuleiro político do Tocantins começa a se mover com intensidade e, no centro dele, está o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Com mais de 50% das intenções de voto para o Senado, segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, o chefe do Executivo estadual enfrenta uma das decisões mais estratégicas e arriscadas de sua carreira política: renunciar ao governo para disputar o Senado ou concluir o mandato e abrir mão da corrida eleitoral de 2026.

A dúvida não é apenas pessoal, mas envolve todo um arranjo político, alianças delicadas e o futuro da base governista.

Números que Seduzem

Com 52,9% das intenções de voto para o Senado, Wanderlei aparece à frente de nomes consolidados como Eduardo Gomes (PL), que soma 32,5%. Os números são tentadores e colocam o governador como franco favorito a uma das vagas mais disputadas da política nacional. Mas a matemática política, diferente da estatística, envolve mais do que números: ela cobra preço, alianças e riscos.

O Relógio da Decisão

Pela legislação eleitoral, Wanderlei terá até abril de 2026 para renunciar ao governo, caso decida mesmo disputar o Senado. A renúncia, porém, abriria caminho para que o atual vice-governador, Laurez Moreira (PDT), assuma o comando do estado — um movimento que pode reembaralhar todas as cartas do jogo político.

Fontes próximas ao Palácio Araguaia apontam que a relação entre Wanderlei e Laurez tem enfrentado ruídos, e que uma eventual posse de Laurez no governo o tornaria automaticamente um candidato natural à reeleição, possivelmente sem o apoio do grupo original de Wanderlei.

Chapa dos Sonhos ou Divisão Interna?

Nos bastidores, articula-se a formação de uma possível “chapa dos sonhos” para 2026: Wanderlei ao Senado, Professora Dorinha (União Brasil) ao governo e Eduardo Gomes como o segundo nome ao Senado ou como articulador nacional da aliança. A formação agradaria parte da elite política do estado e garantiria uma frente coesa e competitiva.

No entanto, essa aliança enfrenta ameaças silenciosas: se Wanderlei renunciar e Laurez lançar-se candidato ao governo, pode haver uma fragmentação do bloco governista, enfraquecendo a estratégia nacional e expondo o grupo a ataques da oposição.

Entre o Coração Político e a Razão Estratégica

Wanderlei Barbosa é um político experiente. Sabe que sair do governo para disputar o Senado pode representar tanto a consagração de sua carreira política em nível nacional, quanto um salto no escuro que pode custar tudo. Manter-se no governo até 2026 lhe garantiria estabilidade e controle sobre a máquina pública — mas pode representar a perda da melhor oportunidade eleitoral de sua trajetória.

Wanderlei Barbosa está diante de uma encruzilhada que testará não apenas sua ambição política, mas sua capacidade de cálculo estratégico. Em um cenário onde cada passo tem efeito dominó, o Tocantins aguarda, atento, para saber se o governador decidirá continuar como maestro do estado ou se se lançará como protagonista de um novo enredo no Senado Federal.

Uma coisa é certa: a decisão de Wanderlei em 2026 não será apenas pessoal — ela definirá os rumos da política tocantinense por pelo menos uma década.

Redação

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