Com uma aprovação nas alturas, o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) se consolida como uma das figuras mais bem avaliadas da política tocantinense. Segundo pesquisa recente do Instituto Paraná Pesquisas, 76,7% da população aprova sua gestão. No entanto, esse prestígio ainda não garante um trunfo político decisivo: a capacidade de transferir votos para aliados nas eleições de 2026.
Apesar de liderar com folga as intenções de voto para o Senado, onde aparece com 53% de preferência, o próprio governador já sinalizou que não pretende disputar nenhum cargo no próximo pleito. O foco, agora, será na formação de alianças e no fortalecimento da base que o acompanha — e é aí que o desafio se apresenta.
Popularidade não é sinônimo de influência eleitoral
Na política, popularidade pessoal não se converte automaticamente em capital eleitoral transferível. Prefeitos e lideranças regionais, eleitas com o apoio do governo nas eleições municipais de 2024, têm demonstrado autonomia e sinalizam que nem todos seguirão a linha direta do Palácio Araguaia em 2026.
Além disso, a base aliada do governador é ampla, mas fragmentada, o que pode dificultar a definição de um nome único para a sua sucessão. A ausência de um candidato claramente abençoado por Wanderlei pode abrir espaço para o avanço de adversários.
Oposição organizada e nomes de peso no cenário
Enquanto a base governista avalia seus caminhos, a oposição já se articula fortemente. Nomes como:
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Eduardo Gomes (PL) – articulador nacional com forte apoio em Brasília;
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Irajá Abreu (PSD) – ex-senador e influente no agronegócio;
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Professora Dorinha (União Brasil) – reconhecida pela atuação na educação e com projeção nacional;
Todos aparecem como possíveis candidatos ao Senado e até ao governo, de olho em uma eventual falta de unidade no grupo de Wanderlei.
Sucessão e coesão: o verdadeiro teste de liderança
O futuro político de Wanderlei Barbosa será medido pela sua capacidade de manter unida sua base de apoio, construir pontes com prefeitos e lideranças regionais, e indicar um sucessor competitivo.
“Ele tem aprovação. Mas aprovação não é herança automática. A habilidade política nos próximos meses será decisiva”, analisa um cientista político ouvido pelo Conexão em Debate.
Além disso, será necessário construir um discurso de continuidade com apelo popular, mostrando à população que o projeto político atual não depende apenas de um nome, mas de uma estrutura sólida e coletiva.
2026 começa agora
Ainda que o ano eleitoral esteja no horizonte, os movimentos já começaram. Wanderlei Barbosa entra em 2025 com força e visibilidade, mas terá de provar que sua influência vai além da gestão administrativa e alcança a construção de vitórias eleitorais estratégicas.
O Conexão em Debate seguirá acompanhando os bastidores e desdobramentos da política tocantinense rumo a 2026.
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Redação
