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MORADORES ACIONAM BRK AMBIENTAL POR VAZAMENTO GRAVE EM BLOCO DE CONDOMÍNIO E RECEBEM COMO RESPOSTA QUE “É PRECISO AGUARDAR 12 HORAS”

Por admin

Um vazamento expressivo em um dos blocos residenciais de um condomínio em Palmas provocou revolta e sensação de abandono entre os moradores na madrugada desta terça-feira. Mesmo após inúmeras ligações e a abertura de uma OSM de emergência, a resposta da BRK Ambiental, empresa responsável pelo saneamento básico no estado, foi de que seria necessário aguardar até 12 horas pelo atendimento — como se o tempo fosse um luxo disponível diante de desperdício de água e riscos estruturais.

A situação foi relatada logo nas primeiras horas da madrugada, com água jorrando em grande volume de um dos registros internos, atingindo áreas comuns e gerando prejuízos iminentes. O pedido dos moradores era simples: atendimento urgente. A resposta foi chocante: “O protocolo da empresa é de até 12 horas para esse tipo de solicitação, mesmo sendo emergência.”

Essa conduta levanta sérias questões sobre o compromisso da BRK Ambiental com a segurança, eficiência e respeito ao consumidor. Afinal, que tipo de emergência resiste a 12 horas de espera?

Além do abandono em momento crítico, os moradores denunciam ainda cortes no fornecimento de água realizados em uma sexta-feira, o que é expressamente proibido por lei. A Lei Federal nº 14.015/2020 estabelece:

“O corte do serviço não poderá ocorrer às sextas-feiras, sábados, domingos, feriados ou vésperas de feriados, para não comprometer o acesso contínuo ao serviço essencial.”

Acúmulo de Denúncias Contra a BRK Ambiental

A ineficiência da BRK não é um caso isolado. Em outubro de 2024, o Governo do Estado do Tocantins, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), ajuizou uma ação civil pública contra a BRK, exigindo descontos de 25% nas contas dos consumidores prejudicados pela má qualidade da água fornecida, que apresentava turbidez, mau cheiro e riscos à saúde.

O Procon Tocantins, por sua vez, notificou a empresa por falhas recorrentes no serviço, concedendo prazo de 48 horas para resposta sob pena de sanções administrativas. A BRK já havia sido multada em mais de R$ 2 milhões em 2019, por descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta.

A própria OAB Tocantins também ingressou com uma ação civil pública, exigindo redução das tarifas de água e esgoto e denunciando a quantidade exorbitante de reclamações contra a empresa no Procon.

O prejuízo escorre e a confiança seca

Enquanto a BRK pede paciência, os danos materiais se acumulam. Os moradores cobram respeito, transparência e providências legais imediatas. Também pedem a atuação firme do Procon, Ministério Público e órgãos reguladores, para que a negligência não seja tratada como rotina.

A população paga por um serviço essencial e exige tratamento com dignidade.

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